
Tô com vontade de sair do ar. Assim, quando eu voltar, talvez a respiração já tenha retornado à normalidade. Meu coração anda sobressaltado. Andava desacostumado. Tá precisando de tempo. E de respostas.
Tenho uma máxima na minha vida: as pessoas só fazem conosco o que permitimos. E confesso, a levo em consideração ao extremo. Eu tenho discernimento, então não fico usando de subterfúgios. Se alguém abusa da minha boa vontade, com certeza, de alguma forma permiti. Mas será uma só vez. No mais, continuo tendo boa-fé. Me recuso a ficar refém da maldade alheia. Prefiro me decepcionar a perder a esperança. Eu me orgulho por esperar algo bom do mundo.

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Quando eu era criança, minha mãe sempre ficava preocupada porque eu e meus irmãos brigávamos muito. Ela tinha um chefe que sempre dizia: "Deixa, enquanto eles estão brigando, sinal de que se importam uns com os outros". Família é isso. Muita discordância e muito barulho. (...). Triste é não ter ninguém para compartilhar. Nem que sejam as brigas.
Se tem algo que me incomoda profundamente é ficar remoendo uma atitude. Ainda que eu tenha razão, se não me expressei corretamente, fico a pensar no assunto. Sempre acho que poderia ter feito diferente. Deveria ter falado menos e ouvido mais. Ou simplesmente não ter me incomodado. Juro que tento, mas não consigo. Preciso de um tempo para deixar de me importar. Enquanto o estorvo não passa, me esforço para enganar a consciência que fica latejando.






