sexta-feira, abril 22, 2011

Sopro





Não, não estou em crise. Também não quero falar de reflexões. Na verdade quero compartilhar simplicidades. É que faltou luz aqui em casa. E são 1:53 h. Puta que pariu. Não dá para dormir. Tá faltando o arzão. Fico torcendo para as latinhas na geladeira não esquenterem e, assim, me fazerem companhia na contemplação da lua. Eis que vem uma pequena felicidade: o retorno da energia. Olho pela janela e vejo a criançada na vila ao lado brigando para apagar a vela. Ui, como a vida já foi mais simples. Eu também brigava para assoprar a chama. Era o extâse e o alívio juntos. Todos já poderiam voltar contentes às suas camas. Hoje o que me consola é que ainda consigo me surpreender. Sim, com ela. A luz.

terça-feira, abril 12, 2011

Pele de Cordeiro



Certa vez numa conversar de bar a respeito de signos (?!), um grande amigo me fez despertar para o que eu considerava ser uma virtude minha: o altruísmo. Ele me disse que era tudo papo-furado meu. Que no fundo, no fundo, eu era uma grande controladora. Na hora fiquei meio chocada, mas conforme ele foi falando, tive que reconhecer que ele tinha razão. E muita. A fórmula é simples: eu me mostro muito preocupada em ajudar alguém, mas o meu objetivo é fazer com que a pessoa aja como eu quero. Então, com todo meu jeitinho caridoso de ser, vou mostrando "os caminhos certos" e me faço de vítima quando a pessoa não segue meus "conselhos". Hoje em dia assumo que manipulo sim. Sem culpa nenhuma. Mesmo porque, todo mundo tem essa necessidade de controle. Só o que muda são os métodos. E as vítimas.

terça-feira, abril 05, 2011

Revisão


Outro dia escrevi a respeito do tempo das pessoas na minha vida. Que algumas duram horas, outras dias, outras anos. Continuo pensando assim, mas...Como saber que meu critério temporal está correto? Como posso saber que o tempo ideal é aquele que inicialmente me parece correto ? A bem da verdade, tenho me questionado se o meu conceito de "tempo ideal" não está mais relacionado à facilidade d'eu me desfazer do que me dá muito trabalho e, consequentemente, julgo mais rápido de abandonar. Me permitir ir mais a fundo dói. Remexe. E, sim, exige esforço. Ultimamente andei muito preguiçosa. Não ando mais.